segunda-feira, 25 de julho de 2011

Obaluaye o Pai Que Arrasta Palha Para nois Filhos Não Arrastar.


iorubas.

Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a ioruba, o que pode ser sentido em seus mitos: A antigüidade dos cultos de Omolu- Obaluaê e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum.

Como parte do temor dos iorubas, eles passaram a enxergar a divindade (Omolu-Obaluaê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignação de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossâim). Omolu-Obaluaê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.

Existe uma grande variedade de tipos de Omolu-Obaluaê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omolu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.

Arquétipo: O senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela Omolu-Obaluaê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista.

Pierre Verger define os filhos de Omolu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.

No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omolu-Obaluaê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somação de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.


Oxalá Na Umbanda Representa Jesus. Nosso Pai Supremo...


OXALÁ é nosso pai e nosso guia
Na Umbanda, Oxalá representa o mais alto na hierarquia das Entidades ele é O supremo tendo como contraparte nosso Mestre Jesus, o médium supremo. Nos pontos riscados é representado por uma estrela de cinco pontas. Como as Entidades na Umbanda, Oxalá se apresenta sob três formas:
Oxalá Menino, que é sincretizado com o Menino Jesus de Praga.
e Oxalá Velho, sincretizado com Jesus no Monte das Oliveiras.
OXALÁ: sincretizado com Jesus Cristo.
 É de Oxalá a tarefa de criação da Humanidade. Por isso a equivalência a Jesus, manifestação máxima de Deus trino: Pai, Filho, Espírito Santo. Além de responsável pelo molde dos primeiros seres humanos na Terra, é considerado também o criador da cultura material.
Oxalá é representado nos Congás por Jesus e é a autoridade suprema na Umbanda. É ele quem ordena aos Orixás que venham ajudar seus filhos por meio dos Guias e Mensageiros que vêm em Terra. Sua imagem é a de Jesus Cristo, sem a cruz e sua cor é branca. Oxalá é considerado o Nosso rei maior na Umbanda, porque é capaz de atuar em todos os elementos e vibrações através das outras Entidades.
Éter e Luz: são o elementos e a força da Natureza correspondentes à todas as LinhasLinha de Oxalá.
Dia da Semana: Domingo.
Vibração: atua no chacra coronário.
Cor: Branca, com raios dourados.
Cores da Guia: Contas brancas leitosas.

Yemonja Yá Ory Mãe de todas Cabeças...Odoya..


Mitos e Lendas -Iyemonjá
Iyemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja "Iemanjá" ou Yemoja, é um orixá africano, cujo nome deriva da expressão Iorubá "Yèyé omo ejá" ("Mãe cujos filhos são peixes"), identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejibe e ossá, representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba yemanja.
Pierre Verger no livro Dieux D'Afrique[1] registrou: "Iemanjá, é o orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemanja. Com as guerras entre nações iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokuta, no início do século XIX. Não lhes foi possível levar o rio, mas, transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do axé da divindade, e o rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Iemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A Essência da Umbanda Esta Na Humildade e Simplicidade de Nossos Negros Velhos!!!

Numa Mesa Feita ao Chão Coloca-se Diversas Comidas Diferentes, para Que Todos os Pretos Velhos e Pretas Velhas se Faça  Presente, Trazendo uma Energia positiva Sobre a Mesa, e Com suas Rezas e Mandingas nos Trais Tudo de Bom e de Melhor, Nota-se Que na Simplicidade dos Quitutes dos Negros Voltamos La Atrais na Senzala, nas Fazendas dos Senhores Onde Trabalhavam  os Nossos Negros. Que fez e Que Até Hoje Faz a Nossa Historia. 
Save Deus, Salve Oxalá. Saravá a Nossa Mesa de Umbanda Salve o Nosso Gongá.
Deus é o Sol.....Deus é a Lua.....Deus é as 3 Pessoas da Santíssima Trindade, Que é o Pai, Filho o Espirito Santo.....AMEM Pai Jamil.

Negros Velhos Africanos.

                                          Os Conselheiros da Umbanda Sempre em Nossas Vidas, com Suas Palavras de Carinhos e os Conselhos na Hora Certa, eles Vem Dentro da Umbanda para nos Trazer Paz, União e Alivio Para a s Nossas Dores, Tanto em Nossa Vida Material como na Espiritual, eles Trazem de um Passado Sofrido a Saberia, eles são Grandes Conhecedores das Ervas e com elas Fazem até Hoje Dentro da Nossa Linda Umbanda, Curas e Descarrego para Aqueles que os Procuram, Salve todos Negros Velhos e Negras Velhas, Salve Oxalá E Saravá Umbanda, Umbanda Saravá..salve...pai-Malaquias do cruzeiro das almas, Salve Tia Antônia Mineira, Pai Rei Congo de Alcobaça e Tia Maria Joana da Bahia Pai Jacinto de Angola e em Especial o Querido Pai Antonio de Angola Uns dos Fundadores da Umbanda . Salve Todos os Pretos Velhos de Nossa Maravilhosa Umbanda.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

CURSO DE TAMBOR MENSAGEIRO



ORISÀS, ATABAQUES E OGÂNS

Os tambores têm um alto poder mágico e ao tocá-los expressam a consagração espiritual. Eles ligam os iniciados ás divindades, o profano ao sagrado.
Para a raça negra, o atabaque representa o Logos: ao mesmo tempo rei, artesão, guerreiro ou caçador, como se numa voz múltipla, o ritmo vital da alma estivesse reunido nos momentos do toque.
No Brasil, especialmente nos terreiros de candomblé, verificamos a presença fundamental dos atabaques e dos Ogãs – padrinhos do culto africano ou brasileiro, ou seja, homens que tocam os atabaques sagrados, cuja missão é a de chamar as divindades para que seus adeptos entrem em transe.
São três ylu (tambores - pequeno, médio e grande) medindo entre 70 a 80 centímetros de comprimento e colocados na posição horizontal sobre um cavalete. Eles passam por uma série de estágios: purificação, preparação e conservação, feitos por Ogãs. Geralmente estão localizados ao lado do roncó (quarto onde se inicia os adeptos). Nenhum visitante pode permanecer neste local.
Nos dias em que não são realizadas as festas, os atabaques são cobertos com um pano branco, simbolizando o respeito.
É inadmissível que um convidado toque ou improvise algum tipo de som. O cuidado tem um fundamento religioso. Os sons produzidos possuem qualidades especiais, já que representam o caminho, a voz que invoca os orixás a saírem do seu universo para incorporarem nos seus adeptos, por isso, são tão respeitados. Muitos acreditam que o som produzido por eles seja a própria voz das divindades.
O Ogã não se limita apenas a produzir sons. Ele passa por um ritual de iniciação que se inicia aos 8, 10 anos, perdurando por toda a vida. No dia da festa, ele passa por um processo de purificação antes de tocar o seu instrumento sagrado: toma um banho com ervas próprias, além de respeitar algumas proibições alimentares. Também solicita a protecção do seu orixá protector, colocando diante do altar as oferendas que agradam ao seu deus pessoal.
Durante uma festa, é impossível não olhar para os Ogãs e seus atabaques. Além dos espectadores, os iniciados também estão constantemente olhando para eles, porque, dependendo do som, entrarão em transe.
Quando o orixá está em terra, a divindade vai até aos atabaques para reverenciá-los, demonstrando o seu apreço aos músicos. Dependendo do orixá, o ritmo é acelerado e a festa chega ao auge.
Depois, o orixá agradece aos Ogãs pelos seus esforços. Pelo facto de eles terem a missão de trazer os deuses africanos para o espaço mágico tocando os tambores míticos, todos os frequentadores expressam um enorme respeito aos Ogãs. 
Quando o Orisà da o cargo a um seguidor do ilê é chegada a Hora do Mesmo Procurar um Babalaô , Babalorysà ou, uma Yalorysà para Que Possa ser Visto Através dos Meridilogun (CAURYS - búzios) Qual o Orysà e o Cargo que Lhe Coube Dentro do Asè.

  

Apois o Orysà determinar o que devera ser feito com futuro, o ogãn  ele apopis o jogo  pega a sua lista de feitura (confirmação) para que se cumpra o que o orysà  determinou.
E Um ano após a  feitura, o nascimento no santo, o Yawo  deve fazer a sua primeira obrigação que tem como significado comemorar esse nascimento e o reforço dos seus votos. Nessa ocasião, são oferecidos: um Bori e um animal de duas patas.
Os votos serão renovados ao completar 3 (três) anos. Serão então oferecidos: um Bori e um animal de quatro patas que seja do fundamento do seu Orixá.
Aos 7 (sete) anos de feitura o Yawo alcança a maior idade no santo tornando-se Egbomin (irmão mais velho) e a partir deste momento está pronto para assumir funções sacerdotais, ou seja tornar-se dono de sua própria casa ou na sua comunidade. Ele já pode assumir o posto de Babalorixá.
Deká ou Obrigação de Sete Anos, é como se intitula este ritual de passagem.
As obrigações dentro do Candomblé não podem ser adiantadas, ou seja, dadas antes do prazo, existe a necessidade de ser respeitado o tempo para que sejam realizadas.
Somente a iniciação não assegura que o Yawo, receba o cargo de Egbomin, ele precisa cumprir todas as etapas descritas anteriormente e mesmo tendo mais de 7 (sete) anos de feito, enquanto não forem realizados os rituais de passagem seguindo a ordem cronológica, ele continuará sendo um Yawo.
O Egbomin recebe durante a cerimónia, elementos de fundamental utilidade para que exerça a função sacerdotal entre eles, os seus búzios e navalha; é justamente o conjunto destes elementos que origina o nome Deká. Além dos elementos, ele passa a ser detentor do fio de grau (Rungebe).
Outras duas obrigações são necessárias a este novo Egbomin, quando forem completados 14 (catorze) e 21 (vinte e um) anos de santo.


"Tudo o que é bom e justo emana de um único Deus, que hoje pode ter muitos nomes e cultos. Mas, seus princípios foram antes cultuados por um único povo; primordial e resistente, criado à sua imagem e semelhança.
São esses factos que nos fazem ter tanta dificuldade em entender a intolerância, o preconceito e a violência praticados em nome de Deus (?), contra os religiosos do Candomblé e da Umbanda ou de qualquer outra religião. A religiosidade Africana é a prática de uma doutrina baseada em valores de Paz, Justiça, Amor fraterno e Sacralização da vida"

Babalorisà.
Babá-Genadegy-Orun.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

CANDOMBLÉ DE KETU



Candomblé Ketu
Candomblé Ketu (pronuncia-se queto) é a maior e a mais popular "nação" do Candomblé, uma das Religiões afro-brasileiras

No início do século XIX as etnias africanas eram separadas por confrarias da Igreja Católica  na região de Salvador Bahia. Dentre os escravos pertencentes ao grupo dos Nagôs  estavam os Yoruba (Iorubá). Suas crenças e rituais são parecidos com os de outras nações do Candomblé em termos gerais, mas diferentes em quase todos os detalhes.

Teve inicio em Salvador, Bahia de acordo com as lendas contadas pelos mais velhos, algumas princesas vindas de Oyó e Ketu na condição de escravas, fundaram um terreiro num engenho de cana Posteriormente, passaram a reunir-se num local denominado Barroquinha onde fundaram uma comunidade de Jeje-Nagô protestando a construção e manutenção da primitiva Capela da Confraria de Nossa Senhora da Barroquinha, atual Igreja de Nossa Senhora da Barroquinha que, segundo historiadores, efetivamente conta com cerca de três séculos de existência.

No Brasil Colônia e depois, já com o país independente mas ainda escravocrata, proliferaram irmandades "Para cada categoria ocupacional, raça, nação - sim, porque os escravos africanos e seus descendentes procediam de diferentes locais com diferentes culturas - havia uma. Dos ricos, dos pobres, dos músicos, dos pretos, dos brancos, etc. Quase nenhuma de mulheres, e elas, nas irmandades dos homens, entraram sempre como dependentes para assegurarem benefícios corporativos advindos com a morte do esposo. Para que uma irmandade funcionasse, diz o historiador João José Reis precisava  encontrar uma igreja que a acolhesse e ter aprovados os seus estatutos por uma autoridade eclesiástica".

Muitas conseguiram construir a sua própria Igreja como a Igreja do Rosário da Barroquinha, com a qual a Irmandade da Boa Morte manteve estreito contato. O que ficou conhecido como devoção do povo de candomblé  O historiador cachoeirano Luiz Cláudio Dias Nascimento afirma que os atos litúrgicos originais da Irmandade de cor da Boa Morte eram realizados na Igreja da Ordem Terceiro do Carmo templo tradicionalmente freqüentado pelas elites locais. Posteriormente as irmãs transferiram-se para a Igreja de Santa Bárbara .da Santa Casa da Misericórdia. onde existem imagens de Nossa Senhora da Glória e da Nossa Senhora da Boa Morte  Desta, mudaram-se para a bela Igreja do Amparo desgraçadamente demolida em 1946 e onde hoje encontram-se moradias de classe média de gosto duvidoso. Daí saíram para a Igreja Matriz, sede da freguesia, indo depois para a Igreja da Ajuda.

O fato é que não se sabe ao certo precisar a data exata da origem da Irmandade da Boa Morte. Odorico Tavares arrisca uma opinião: a devoção teria começado mesmo em 1820 na Igreja da Barroquinha  tendo sido os Jejes deslocando-se até Cachoeira os responsáveis pela sua organização. Outros ressaltam a mesma época, divergindo quanto à nação das pioneiras, que seriam alforriadas Ketu. Parece que o “corpus” da irmandade continha variada procedência étnica já que fala-se em mais de uma centena de adeptas nos seus primeiros anos de vida.

Essas confrarias eram os locais onde se reuniam as sacerdotisas africanas já libertas (alforriadas) de várias nações, que foram se separando conforme foram abrindo os terreiros. Na comunidade existente atrás da capela da confraria foi construído o Candomblé da Barroquinha pelas sacerdotisas de Ketu que depois se transferiram para o Engenho Velho, ao passo que algumas sacerdotisas de deslocaram-se para o Recôncavo Baiano para Cachoeira e São Félix para onde transferiram a Irmandade da Boa Morte  e fundaram vários terreiros de candomblé jeje sendo o primeiro Kwé Cejá Hundé ou Roça do Ventura.

O Candomblé Ketu ficou concentrado em Salvador. Depois da transferência do Candomblé de Barroquinha para o Engenho Velho passou a se chamar Ilê Axé Iyá Nassô mais conhecido como Casa Branca do Engenho Velho  sendo a primeira casa da nação Ketu no Brasil de onde saíram as Iyalorixás que fundaram o Ilê Axé Opô Afonjá e o Ilê Iya Omin Axé Iyamassé, o Terreiro do Gantois.

Na África cada Orixá estava ligado originalmente a uma cidade ou a um país inteiro. Tratava-se de uma série de cultos regionais ou nacionais. Şàngó em Oyó, Yemoja na região de Egbá, Iyewa em Egbado Ògún em Ekiti  e Ondo  Òşun em Ilesa Osogbo  e Ijebu Ode, Erinlé em Ilobu  Lógunnède em Ilesa Otin em Inisa . Oşàálà-Obàtálá em Ifé , subdivididos em Oşàlúfon em Ifon  e Òşágiyan em Ejigbo

No Brasil, em cada templo religioso são cultuados todos os Orixás, diferenciando que nas casas grandes tem um quarto separado para cada Orixá, nas casas menores são cultuados em um único quarto de santo (termo usado para designar o quarto onde são cultuados os Orixás).

O Ritual de uma casa de Ketu, é diferente das casas de outras nações, a diferença está no idioma, no toque dos Ilus (atabaque  no Ketu), nas cantigas, nas cores usadas pelos Orixás, os rituais mais importantes são: Padê Sacrifício,  ,Sassayin ,Iniciação, , Axexê, , Olubajé,, Águas de Oxalá, Ipeté de Oxum

A língua sagrada  utilizada em rituais do Ketu é derivada da língua Yoruba  ou Nagô. O povo de Ketu procura manter-se fiel aos ensinamentos das africanas que fundaram as primeiras casas, reproduzem os rituais, rezas, lendas, cantigas, comidas, festas, e esses ensinamentos são passados oralmente ,até hoje.

As posições principais do Ketu (são chamados de cargo ou posto, em yoruba Olóyès , Ogãns e Àjòiès), em termos de autoridade, são:

O cargo de autoridade máxima dentro de uma casa de candomblé é o de Iyálorixá (mãe-de-santo) ou Babalorixá (pai-de-santo). São pessoas escolhidas pelos Orixás para ocupar esse posto. São sacerdotes, que após muitos anos de estudo adquiriram o conhecimento para tal função. Quando a pessoa escolhida através do jogo de búzios  ainda não está preparada para assumir o posto, terá que ser assistida por todos Egbomis (meu irmão mais velho) da casa para obter o conhecimento necessário.

1.  Iyalorixá  ou Babalorixá: A palavra iyá do yoruba significa mãe, babá significa pai.
2.  Iyakekerê (mulher): mãe pequena, segunda sacerdotisa.
3.  Babakekerê  (homem): pai pequeno, segundo sacerdote.
4.  Iyalaxé (mulher): cuida dos objetos rituais.
5.  Ojubonã  ou Agibonã: mãe criadeira, supervisiona e ajuda na iniciação
6.  Egbomis : são pessoas que já cumpriram o período de sete anos da iniciação (significado: egbon mi, "meu irmão mais velho").
7.  Iyabassê : mulher responsável pela preparação das comidas-de-santo
8.  Iaô : filha-de-santo que já entra em transe.
9.  Abiã ou abian  novato.
10.      Axogun  responsável pelo sacrifício dos animais (não entra em transe).
11.      Alagbê  responsável pelos atabaques e pelos toques (não entra em transe).
12.      Ogãs ou Ogans  tocadores de atabaques (não entram em transe).
13.      Ajoiê ou ekedi : camareira do Orixá (não entra em transe). Na Casa Branca do Engenho Velho, as ajoiés são chamadas de ekedis. No Gantois, de "Iyárobá" e na Angola, é chamada de "makota de angúzo". "Ekedi" é nome de origem Jeje, que se popularizou e é conhecido em todas as casas de Candomblé do Brasil

sábado, 16 de julho de 2011

Iansa



Deusa da espada de fogo, Dona das paixões, Iansã é a Rainha dos raios, dos ciclones, furacões, tufões, vendavais. Orixá do fogo, guerreira e poderosa. Mãe dos eguns, guia dos espíritos desencarnados, Senhora dos cemitérios.
Não é muito difícil depararmo-nos com a força da Natureza denominada Iansã (ou Oyá). Convivemos com ela, diariamente.
Iansã é o vento, a brisa que alivia o calor. Iansã é também o calor, a quentura, o abafamento. É o tremular dos panos, das árvores, dos cabelos. É a lava vulcânica destruidora. Ela é o fogo, o incêndio, a devastação pelas chamas.
Oyá é o raio, a beleza deste fenômeno natural. É o seu poder. É a eletricidade. Iansã está presente no ato simples de acendermos uma lâmpada ou uma vela. Ela é o choque elétrico, a energia que gera o funcionamento de rádios, televisões, máquinas e outros aparelhos. Iansã é a energia viva, pulsante, vibrante.
Sentimos Iansã nos ventos fortes, nos deslocamentos dos objetos sem vida. Orixá da provocação e do ciúme.
Iansã também é a paixão. Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax, o orgasmo do homem e da mulher. Ela é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. A frase “estou apaixonado” tem a presença e a regência de Iansã, que é o Orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúmes doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido. É a paixão, propriamente dita.
Iansã é a disputa pelo ser amado. É a falta de medo das conseqüências de um ato impensado, no campo amoroso. É até mesmo a vontade de trair, de amar livremente. Iansã rege o amor forte, violento.
Oyá é também a senhora dos espíritos dos mortos, dos eguns, como se diz no Candomblé. É ela que servirá de guia, ao lado de Obaluaê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma.
Iansã é a deusa dos cemitérios. Ela é a regente, juntamente com Omulu (ou Obaluaê), dos Campos Santos, pois comanda a falange dos eguns. Comanda também a falange dos Boiadeiros, encantados que são cultuados nas casas de Nação de Angola. Ela é sua rainha.
Como deus dos mortos, Iansã carrega consigo o eruxin, feito com rabo de cavalo, para impor respeito aos eguns, bem como a espada flamejante, que faz dela a guerreira do fogo.
É, sem dúvida, o Orixá mais popular e a mais querida no Candomblé.
Mitologia
Embora tenha sido esposa de Xangô, Iansã percorreu vários reinos e conviveu com vários reis. Foi paixão de Ogum, de Oxaguiam, de Exu, Conviveu e seduziu Oxossi, Logun-Edé e tentou, em vão, relacionar-se com Obaluaê. Sobre este assunto, a história  conta que Iansã  percorreu vários reinos usando sua inteligência, astúcia e sedução para aprender de tudo e conhecer igualmente a tudo.
Em Ire, terra de Ogum, foi  a grande paixão do guerreiro. Aprendeu com ele o manuseio da espada e ganho deste o direito de usá-la. No auge da paixão Ogum , Iansã partiu, indo para Oxogbô, terra de Oxaguian. Conviveu e aprendeu o uso do escudo para se proteger de ataques inimigos, recebendo de Oxaguian o direito de usá-lo. Quando Oxaguian estava tomado pe paixão por Oyá, ela partiu.
Pelas estradas deparou-se com Exu. Com ele se relacionou e aprendeu os mistérios do fogo e da magia. No reino de Oxossi, seduziu o deus da caça, mesmo com os avisos de sua mulher, Oxum, que avisara ao marido do perigo dos encantos de Iansã. Todavia, com Oxossi, Oyá aprendeu a caçar, a tirar a pele do búfalo  e se transformar naquele animal, com a ajuda da magia aprendida com Exu. Seduziu o jovem Logun-edé , filho de Oxossi e Oxum e com ele aprendeu a pescar.
Iansã  partiu, então, para o reino de Obaluaê, pois queria descobrir seus mistérios e até mesmo conhecer seu rosto (conhecido apenas por Nanã – sua mãe – e Iemanjá, mãe de criação). Uma vez chegando ao reino de Obaluaê, Iansã  tratou de insinuar-se:
- Como vai o Senhor das Chagas?
No que Obaluaê respondeu:
- O que Oyá quer em meu reino?
- Ser sua amiga, conhecer e aprender, somente isso. E para provar minha amizade, dançarei para você a dança dos ventos!
(Dança que, por sinal, Iansã usou para seduzir reis como Oxossi, Oxaguian e Ogum).
Durante horas Iansã dançou, sem emocionar ou, sequer, atrair a atenção de Obaluaê. Incapaz de seduzir Obaluaê, que jamais se relacionou com ninguém, Iansã  então procurou apenas aprender, fosse o que fosse. Assim, dirigiu-se ao homem da palha;
- Obaluaê, com Ogum aprendi a usar a espada; com Oxaguian, o escudo; com Oxossi aprendi a caçar; com logun-edé a pescar; com Exu aprendi os mistérios do fogo. Falta-me apenas aprender algo contigo.
- Você quer aprender mesmo, Oyá? Então, ensinar-lhe como tratar dos mortos!
De inicio Iansã  relutou, mas seu desejo de aprender foi mais forte e, com Obaluaê, aprendeu a conviver com os eguns e controlá-los.
Partiu, então Oyá, para o reino de Xangô. Lá, acreditava, teria o mais vaidoso dos reis e aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino do deus do trovão, Iansã aprendeu muito mais que isso... aprendeu a amar verdadeiramente e com um paixão violenta, pois Xangô dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o seu coração.
O fogo é o elemento básico de Iansã. O fogo das paixões, o fogo a alegria, o fogo que queima. Iansã é o Orixá do fogo...
E aquele que dão uma conotação de vulgaridade a essa belíssima e importantíssima divindade africana, é digna de pena e mais digna, ainda, do perdão de Iansã.
Dados
Dia: quarta feira
Data: 4 de Dezembro
Metal: Cobre
Cor: Marrom
Partes do corpo: fígado e o sangue.
Comida: acarajé, abará.
Arquétipo: É de pessoas audaciosas, poderosas e autoritárias, pessoas que podem ser fieis, de uma lealdade absoluta em certas circunstancias, mas que em moutros momentos, quando contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar pelas manifestações da mais extrema cólera. Pessoas, enfim, cujos temperamentos sensual e voluptuosos podem levá-las a aventuras amorosas extra conjugais, múltiplas e freqüente, sem reservas de decência, mas que não as impedem de continuarem muito ciumentas com seus parceiros por elas mesma enganados.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Máscaras Africanas





Por Rodrigo Aguiar

A função dos rituais nas sociedades


Os rituais são elementos fundamentais da cultura humana. 
Aparecem em absolutamente todas as sociedades da terra.
Em algumas, seus integrantes, por vezes, não se dão conta
de sua participação nos rituais (como a nossa sociedade ocidental). 
Em outras, todos os atos diários e cotidianos estão ligados 
aos aspectos religiosos e ritualísticos.

Os rituais são caracterizados por um conjunto de procedimentos
práticos cuja função é marcar determinado acontecimento ou 
materializar o sagrado. Podem estar também ligados à evocação 
de eventos mitológicos por meio de uma liturgia. Aos condutores 
dos ritos normalmente lhes são atribuídos poder e prestígio.

Os mitos, constantemente rememorados pelos ritos, podem ser 
definidos como um corpo teórico que se expressa na forma de 
narrativas, por vezes carregadas de conceitos éticos e morais. 
Podem ser tanto a maneira como o grupo compreende sua 
origem na terra, bem como a explicação de eventos com 
base no sobrenatural.

Neste contexto, os rituais de iniciação e de passagem poderiam 
ser definidos como a figuração simbólica de uma transformação 
de personalidade. Estes rituais têm por função materializar a 
passagem de um indivíduo para outro estado. Apresentam relação 
com a morte e ressurreição (de um novo indivíduo), tendo em 
vista que o iniciado, concluído o rito, assume uma nova identidade.

O uso das máscaras


A utilização de máscaras em cerimoniais é prática comum 
há milhares de anos. As máscaras são de fundamental importância 
nos rituais, sejam de iniciação, de passagem, ou de evocação de 
entidades espirituais. As máscaras apresentam-se, também, como 
elementos de afirmação étnica, expondo características particulares 
de cada grupo. Assim, existe uma enorme diversidade de formas, 
modelos, técnicas de confecção e aplicações.

Normalmente, a máscara é apenas um dos elementos utilizados 
nas cerimônias e rituais, havendo a combinação com outras 
manifestações, como dança, música e  instrumentos musicais. 
Aparece ainda o uso de máscaras associado a objetos de 
cunho animatista, como amuletos.

A máscara na África negra


Na África, o artífice, antes de começar a esculpir uma máscara, 
passa por um processo de purificação, com reza aos espíritos 
ancestrais e às forças divinas. Tal prática faria com que a força 
divina fosse transferida para a máscara durante o processo de 
manufatura.

Se no passado era prática generalizada, o uso de máscaras 
rituais teve um enorme declínio nas últimas décadas. Entretanto, 
a manufatura e o emprego deste objetos continua sendo um 
aspecto fundamental na identidade de vários grupos étnicos 
africanos. Por isso, já existem pessoas que trabalham pela 
preservação deste hábito milenar.

A máscaras são empregadas, basicamente, em eventos sociais 
e religiosos. Além de representarem os espíritos ancestrais, em 
alguns casos objetivam o controle de forças espirituais das 
comunidades para um determinado fim, sejam estas forças 
benéficas ou malignas.
 A matéria prima utilizada na elaboração das máscaras é 
diversificada. Entretanto, é a madeira a matéria prima 
mais comum. Isso porque os artífices acreditam que as árvores 
possuem uma alma, um espírito. A madeira seria interpretada 
como um receptáculo espiritual, sendo que parte dessa 
essência animista é transferida para a máscara, conferindo 
ao seu portador alguma espécie de poder. Na visão de 
muitos antropólogos, se trataria de um conjunto de forças 

  • invisíveis que atuam diretamente no controle social.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sou Filha de Fé



Media de Berço ja a 59 anos, Sempre Prestando  Caridade com Minha Preta Velha, Maria Conga das Almas no Terreiro de Umbanda de meu Bisavô Pai Jamil,
Hoje eu sou Feita Pela umbanda e a Atenção dele a mim e meus guias, Posso Bater no Peito e Dizer sou Filha de fé Neta de um Homen de Asè, que me Levou até a Minha Camarinha de Umbanda, Filha de um Grande Guerreiro Ogun 7 Marolas e a Grande Mãe Iansàn, e em Minha Jornada Espiritual Hoje mais do que Numca só Tenho a Agradecer ao meu pai Oxalá e a Todos os Guias por ter me Formado na Umbanda..o Meu Saravá a Todos Irmãos de Fé e o meu Saravá

Obaluaye e sua história

Obaluaê é uma flexão dos termos: Oba (rei) – Oluwô (senhor) – Ayiê (terra), ou seja, “Rei, senhor da Terra”. Omulu também é uma flexão dos termos: Omo (filho) – Oluwô (senhor), que quer dizer “ Filho e Senhor”. Obaluaê, o mais moço, é o guerreiro, caçador, lutador. Omulu o mais velho, é o sábio, o feiticeiro, guardião. Porém, ambos têm a mesma regência  e influência. No cotidiano significam a mesma coisa, têm a mesma ligação e são considerados  a mesa força da natureza.
Obaluaê (ou Omulu) é o Sol, a quentura e o calor do astro rei. É o Senhor das pestes, das moléstias contagiosas, ou não. É o rei da Terra, do interior da Terra, e é o Orixá que cobre o rosto com o Filá (de palha – da - Costa), porque para os humanos é proibido ver seu rosto, pela deformação feita pela doença, e pelo respeito que devemos a este poderosíssimo Orixá.
Obaluaê está no organismo, no funcionamento do organismo. Na dor que sentimos pelo mal funcionamento dos órgãos, ou por uma queda, corte ou queimadura.
Obaluaê rege a saúde, os órgãos e o funcionamento destes. A ele devemos nossa saúde e é comum, nas Casas de Santos, se realizar os Eboris de Saúde, que fazem pra trazer saúde para o corpo doente.
O órgão central da regência de Obaluaê é a bexiga, mas está ligado a todos os outros. Ele trata do interior, fundamentalmente, mas cuida também da pele e de suas moléstias.
Divide com Iansã a regência dos cemitérios, pois ele é o Orixá que vem como emissário de Oxalá (princípio ativo da morte), para buscar o espírito desencarnado. É Obaluaê (ou Omulu) que vai mostrar o caminho, servir de guia para aquela alma.
Obaluaê também é o Senhor da Terra e das camadas de seu interior, para onde vamos todos nós. Daí a ligação que tem com os mortos, pois ele é quem vai cuidar do corpo sem vida, e guiar o espírito que deixou aquele corpo. É por isso que Obaluaê e Omulu gostam de coisas passadas, apodrecidas.
O sol também tem a sua regência. Ele também é o Calor provocado pelo sol quente. Há quem diga que não se deve sair à rua quando o Sol está quente sem a proteção de um patuá, a fim de não correr o riscos e não sofrer a ira de Obaluaê, geralmente fatal.
Obaluaê está presente em nosso dia-a-dia, quando sentimos dores, agonia, aflição, ansiedade. Está presente quando sentimos coceira e comichões na pele.Rege também o suor, a transpiração e seus efeitos. Rege aqueles que tem problemas mentais, perturbações nervosas e todos os doentes.
Está presente nos hospitais, casa de saúde, ambulatórios, postos de saúde, clínicas, sempre próximo aos leitos. Rege os mutilados, aleijados, enfermos. Ele proporciona a doença mas, principalmente, a cura, a saúde. É o Orixá da misericórdia.
Obaluaê é à força da Natureza que rege o incômodo de um modo geral. Rege o mal estar, o enjôo, o mal humor, a intranqüilidade. É o Orixá do abafamento e está presente nele, bem como na má digestão e na congestão estomacal. Gera o ácido úrico e seus efeitos.
Obaluaê está presente em todas as enfermidades e sua invocação, nessas horas, pode significar a cura, a recuperação da saúde.

Mitologia
 Filho de Nanã – que abandou por ser doente – foi criado por Iemanjá. É o irmão mais velho de Ossãe, Oxumarê e Ewá; Orixá fundamentalmente Jeje, mas louvado em todas as nações, por sua importância.
Conta-se que, uma vez esquecido por Nanã, fora criado por Iemanjá, que curou das moléstias. Cresceu forte, desenvolveu a arte da caça, tornando-se guerreiro e viajante.
Certo dia, numa de suas jornadas, chegou até uma aldeia, coberto de palha, como sempre viveu. Como todos conheciam sua fama, suas ligações com as moléstias contagiosas, foram barradas antes mesmo de penetrar na aldeia.
-Não o queremos aqui! -  disse o  dirigente da tribo.
- Mas quero apenas água e um pouco de comida, para prosseguir minha viagem. Apenas isso! – respondeu Obaluaê, ou melhor, dizendo Xapanã, nome pelo qual era chamado.
- Vá-se embora, Xapanã! Não precisamos de doença, nem de mazelas em nossa aldeia. Vá procurar água e comida em outro lugar!
E Xapanã, então foi sentar-se no alto do morro próximo. A manhã mal começara e ele ficou, sentado, envolto em palha da costa, observando a subida do sol.
O tempo foi passando, as horas foram-se passando e, ao meio-dia, exatamente, o Sol já escaldante, tornou-se insuportável. A água ficara quente, o alimento se estragava e toda a tribo se contorcia de dor, aflição e agonia. Xapanã a tudo observava, imóvel, como um totem, como um símbolo de palha.
Na aldeia um alvoroço se fez. Uns tinham dores na barriga, outros tinham forte dores de cabeça. Outros, ainda, arrancavam sangue da própria pele, numa coceira incontrolável. Outros agiam como loucos incontrolados. Aos poucos, a morte foi chegando para alguns.
Xapanã apenas assistia...
Parecia que o tempo havia parado ao meio-dia, mas, na verdade, foram três dias de sol quente, pois a noite não chegava. Era apenas sol durante todo o tempo. E durante todo o tempo a aldeia viu-se às voltas com doenças, loucura, sede, fome, morte!
Xapanã, inerte, via tudo, imóvel...
Não agüentando mais, e vendo que Xapanã continuava do alto do pequeno morro observando, o dirigente de aldeia foi até ele suplicar perdão, atirando-se aos seus pés.
- Em nome de Olorun, perdoe-nos! Já não suportamos tanto sofrimento! Tente perdoar, por favor, Senhor Xapanã! Tente perdoar!
De súbito, Xapanã levantou-se, desceu até a aldeia e pisou na terra. Tornou-a fria. Tocou na água, tornou-a também fria; tocou os alimentos e tornou-os novamente comestível; tocou a cabeça de cada um dos aldeões e curou-lhes a doença; tocou os mortos e fez voltar a vida em seus corpos.
Restaurada a normalidade, Xapanã pediu mais uma vez:
-Quero um pouco de água e alguma comida para prosseguir viagem.
Num instante foi-lhe servido o que de melhor havia em toda a aldeia. Deram-lhe, vinhos de palmeira, frutas, carne, legumes, cereais, enfim, o que tinham de melhor.
Voltando-se para os aldeãos, Xapanã deu-lhes uma lição de vida.
-Vivemos num só mundo. Sobre a mesma terra, debaixo do mesmo sol. Somos todos irmãos e devemos ajudar uns aos outros, para que a vida seja mantida. Dar água a quem tem sede, comida a quem tem fome é ajudar a manter a vida.
Voltou-se e partiu. Atrás dele o povo da aldeia gritava:
-Xapanã, Rei  e Senhor da Terra! Xapanã, Obaluaê! Xapanã, Obaluaê! Xapanã, Obaluaê!
Obaluaê que sua benção e proteção nos seja dada sempre!.
Dados
Dia: segunda feira
Data: 13 ou 16 de agosto;
Metal: chumbo;
Cor: preto e branco  e ou preto, branco e vermelho;
Partes do corpo: a pele e os pulmões;
Comida: deburú  (pipoca), abadô (amendoim pilado e torrado), Iatipá (folha de mostarda) e ibêrem (bolo de milho envolvido na folha de bananeira);
Arquétipo: sóbrios, reservados, generosidade destacada,  geniosos, independentes, teimosos, tendência ao masoquismo.
Símbolos: xaxará ou íleo (com que limpa as doenças e os males espirituais)

SAIDA DE 21 ANOS DE SUA FILHA DE SANTO CAFU-ZARA-BANGI


sábado, 9 de julho de 2011

União das Forças da Natureza

A religião do Candomblé, levada a sério e mostrando há todos o poder da natureza. Imaginem as ondas do mar e o seu vai e vem....Lógico! A força gravitacional, tem tudo a ver com isso, mas existe também as forças ocultas e invisíveis, e temos como exemplo: A grande Ya Ori, a rainha das águas a grande mãe Yemanjá, dona de todas as cabeças, assim como, Orumilá pai de todos os orixás. Acima de tudo, a fé, o acreditar, nas forças da natureza que a milênios nos trás todos os mistérios de nossos encantados. Assim, também como na umbanda, uma religião centenária trazida pelos negros africanos que foram escravizados. Após séculos, nascera aqui no Brasil, no bairro de Neves, em São Gonçalo, Rio de janeiro, a nossa linda Umbanda. Fundada pelo senhor: Zélio  Fernandino de Morais.
Graças a deus, a Oxalá, a zambi, a Orumilá, a Jesus, a Geová, graças a esse grande ser que se difundi em vários nomes, em várias religiões, que nos faz fortalecer dias após dias, a nossa fé, pois devemos todos nós nos conscientizar que somos irmãos pois, somos filhos do mesmo pai, o pai onipotente, e o pai presente que está acima de tudo que exisate e esta por vir. Um Asè, a todos e o meu Saravá. (Lembrem-se, Umbanda unida é uma Umbanda forte).

Pai Jamil de |Jagun